A separação do lixo domiciliar é uma prática fundamental para reduzir os impactos ambientais e melhorar a eficiência dos aterros sanitários. No Brasil, o cenário atual ainda apresenta desafios significativos. De acordo com dados recentes, 77,1 milhões de toneladas de resíduos sólidos urbanos foram geradas em 2022, com 39% desse total sendo destinados a locais irregulares, como lixões, o que ameaça o meio ambiente e a saúde pública. Apenas 61,1% do lixo foi destinado a aterros sanitários adequados, um aumento pequeno em relação a 2021, quando o índice era de 60,5%.

A correta separação do lixo tem inúmeros benefícios. Primeiramente, contribui para a redução do volume de resíduos enviados aos aterros, prolongando sua vida útil. Resíduos orgânicos em aterros produzem metano, um gás com alto potencial de aquecimento global. Ao separar materiais recicláveis e orgânicos, é possível minimizar essa emissão, reduzindo os efeitos das mudanças climáticas. A coleta seletiva, quando bem implementada, também facilita a reciclagem e a compostagem, contribuindo para uma economia circular mais sustentável.

Socialmente, a separação do lixo é crucial para incluir catadores e cooperativas de reciclagem, promovendo sua organização e proporcionando uma estrutura para negociar preços e condições de venda de materiais recicláveis. Essas iniciativas valorizam o trabalho dos catadores, combatem a marginalização e melhoram a qualidade de vida nas comunidades, mantendo espaços urbanos mais limpos e livres da proliferação de doenças.

Apesar desses benefícios, o Brasil ainda enfrenta desafios na coleta seletiva. Dados de 2022 mostram que apenas 14,7% da população brasileira é atendida por coleta seletiva porta a porta, com variações significativas entre as regiões do país. A região Sul tem a melhor cobertura (31,9%), enquanto o Nordeste apresenta a menor abrangência, com apenas 1,9% da população atendida. Essa realidade demonstra a necessidade urgente de políticas públicas efetivas, infraestrutura adequada e campanhas de educação ambiental para promover a separação de resíduos em todos os níveis.

A implementação de práticas adequadas de separação do lixo, aliada ao investimento em infraestrutura de coleta seletiva e programas de conscientização, é um passo essencial para transformar a gestão de resíduos no Brasil, contribuindo para um futuro mais sustentável e saudável para as próximas gerações.

Autor: Assessoria de Comunicação.
Fonte: hidrosam.com.br.