A poluição dos rios é um dos maiores desafios ambientais do século XXI, especialmente em áreas urbanas, onde o descarte de resíduos industriais, domésticos e agrícolas ocorre em larga escala. Os esforços para despoluir esses corpos d'água são essenciais para a saúde pública e a preservação do meio ambiente. Tecnologias biológicas, como a bioestimulação natural, têm se destacado como soluções promissoras para esse problema, oferecendo métodos sustentáveis e eficientes que se alinham com as metas de desenvolvimento sustentável.

A bioestimulação natural é um processo que utiliza a própria biologia dos corpos d'água para promover a limpeza e a recuperação do ecossistema. A startup O2eco, por exemplo, desenvolveu placas carregadas de oligoelementos e nanominerais que, quando introduzidas na água, estimulam a proliferação de bactérias benéficas, capazes de degradar matéria orgânica e poluentes. Isso resulta em um tratamento de regeneração natural da água, dispensando produtos químicos e minimizando impactos ambientais.

A importância dessa tecnologia vai além da despoluição; ela restaura a biodiversidade e melhora a qualidade da água, beneficiando tanto as comunidades locais quanto a fauna e a flora dos ecossistemas aquáticos. Além disso, em 2023, a aplicação dessa tecnologia em um projeto piloto no córrego Vargem do Tropeiro, em Minas Gerais, resultou em melhorias significativas na qualidade da água, incluindo redução de carga orgânica e turbidez. Isso demonstra o potencial dessas abordagens para lidar com a poluição em ambientes urbanos.

Nas cidades, onde a pressão sobre os rios é maior, essas tecnologias são ainda mais cruciais. Grandes centros urbanos sofrem com rios altamente poluídos devido ao lançamento de efluentes domésticos, industriais e agrícolas. Tradicionalmente, a despoluição dessas áreas exigiria grandes obras de saneamento e tratamento, muitas vezes caras e de longo prazo. As soluções biológicas, por serem mais acessíveis e fáceis de aplicar, tornam-se uma alternativa viável para a recuperação dessas águas.

A despoluição de rios urbanos também está ligada à promoção de um ambiente mais saudável para a população. Segundo estudos recentes, rios poluídos aumentam o risco de doenças e pioram a qualidade de vida nas cidades. Portanto, a adoção de tecnologias como a bioestimulação natural é uma estratégia eficaz para promover a saúde pública, além de proteger a biodiversidade e os recursos hídricos.

Outras soluções, como o uso de plantas aquáticas para absorver contaminantes e a nanotecnologia, complementam essa abordagem, tornando o esforço de despoluição mais eficiente e abrangente. Em Petrolina, Pernambuco, a aplicação de nanobolhas para despoluir partes do Rio São Francisco em 2023 mostrou que essas alternativas podem ser a chave para revitalizar os rios, mesmo os mais degradados.

Autor: Assessoria de Comunicação.
Fonte: hidrosam.com.br.